segunda-feira, dezembro 15, 2008

Lições de 2008


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O ano de 2008 representou uma revolução na Ecocardigrafia mundial.
Os portáteis deixaram de ser um problema para virarem uma solução.
O avanço da qualidade de imagem e Doppler permitiram o uso real dessas máquinas para benefício do método. Todas as grandes fábricas já entraram nesse mercado.
Indiferente a qualquer desejo contrário, os portáteis se espalharão pelo país, utilizados parcialmente por médicos, a princípio, cardiologistas clínicos. Quem ganhará com isso será, prioritariamente, o paciente. Sendo a medicina vítima de erros diagnósticos e tratamentos inadequados, aceitáveis até certo ponto, as ferramentas de diagnósticos devem ficar mais acessíveis e práticas. Um Eco de pronto-socorro, feito 15 minutos após a entrada do paciente, pode fazer total diferença no tratamento. O mesmo Eco, em um consultório, pode indicar mais rigor no controle da hipertensão, reforçar a indicação de beta-bloqueadores seletivos, revelar a patologia direita que estava oculta e inúmeros outros exemplos.
O interesse do paciente é o único interesse que deve nortear a conduta.
Para exercer o método, e qualquer cardiologista pode, deve-se cursar um treinamento realmente válido. O ecocardiograma não é um dom, é um treinamento. Após 10 anos de ensino, não tenho dúvidas. Qualquer um pode realizar, desde que se submeta ao treinamento adequado.
Não existe mito, domínio absoluto ou pessoa iluminada. Existe treinamento sério.
Para o paciente, nada ajuda termos em São Paulo, capital, a melhor ecocardiografista do Brasil. Ajuda muito ter um ecocardiografista básico no hospital da sua cidade, ou na clínica que ele freqüenta.
Não sou contra diversão, mas o aspecto circense dado ao método em nosso congresso em nada ajuda o paciente.
Consultem as diretrizes, o ecocardiograma faz parte de quase todas as avaliações de patologias cardíacas e deve estar bem próximo do atendimento.
Será assim em 2009, 2010, 2011...

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